domingo, 29 de março de 2009

Estação Escrita




Lugar estratégico

Um abside abriga a solidão sicária
Nada consta no apside agressivo
Ambiente depressivo
Ameaça de guerra diária
Ameaça de ataque cardíaco
Ameaço demiti-lo
Ameaço feri-lo
Quando fraco
Ameaça de uma ameba
Disenteria por causa do fast food
Fastidioso fato fatídico
Pequena pereba
O passo é lasso
Desfaço o laço no desvio
Nó corredio
Laxo neste mormaço
O roto da rota
O asfalto é rijo
Ausência de regozijo
Onde o fino arrota
Com um rostro no seu rosto
A modelo com epilepsia
Miopia mira quem espia
Seu desgosto exposto
Em um layout
Desfila nas marquises
Mostra suas varizes
Depois do nocaute
Depois do rocio
O rossio fica puro
Muro obscuro
Deixa seu rócio
Consistente costume
Consistente estrume que sinto
Ainda sinto seu perfume extinto
Incólume neste negrume
Que outrora outorga o incerto
Um Outono em um outdoor
Outono no mês de de Outubro
Um Outono que mais parece Inverno
Quando tudo parece supérfluo
Preciso de seu beneplácito
Cito o citadino pós-escrito
Que analiza o meu recuo
Opala opaco
Quase me atropela
Quase quebra-costela
Destaco o buraco
A rua agora ladrilhada
Oculta seu rastro
Abstrato emplastro
Seu indício índico na encruzilhada.

Um comentário:

Gleidi disse...

"(...)Desfaço o laço no desvio..."

Seu texto me chamou a atenção.
Estação escrita é meu blog...rs


Vim por curiosidade. Mas adorei seu cantinho!

Parabéns pelos poemas!


Beijos!