sexta-feira, 29 de março de 2019

A metáfora sufocada




Ela cospe nas flores


Nem tudo que foi aspergido é salutífero
Salva a metáfora das intempéries
A sálvia da saliva 
Era asma
No sâmago corpo de Guáiaco
Cão-guia para sair desse labirinto 
O samango do que penso
Não por vilipêndio
A saliva irriga
A petúnia rejeita
A petunga aceita com ressalvas
Alumbrar com o alume 
As pétalas até suportam toda essa reuma
Mas não a tolice 
Limite para a colite
Mas todo esse muco inibe a libido
A polinização não foi feita 
Coriza pelo Cohiba
Cobiça pelo sórdido
A metáfora sufocada.

                                       Ednei P.Rodrigues

sábado, 9 de março de 2019

A volúpia da metáfora

    

Incólume

Ela superou todas as adversidades do ad aeternum 
A metáfora continua intacta
Fez da celulose
A célula que faltava para a vida
A moeção de tudo 
A emoção que se sente
Incoar o incoadunável
A incoerção da metáfora incoirapata
Um indício incontestável de sua inocência
O avesso inconcesso
Íncola da poesia
Quando o incomensurável é incomparável ao que se pensa
Circunstância incômoda
De modo incompleto tenta o incôndito
Algo inconcebível para induzir a inconsciência
Ah,o êxtase!
Esse estímulo estipulado por um anacronismo estíptico   
Tão inconstante quanto o incontido.

                               Ednei P.Rodrigues