quinta-feira, 30 de abril de 2020

Oligomania incomoda a metáfora



Perspicácia


Percebe-se que a Acácia não floresceu

Acracia da natureza
Motim da Acradênia
Talvez seja natureza-morta
A gleba era infértil
Alternar a alternaria
Lídimo o Míldio
Sem libido por causa da Monília
Não adianta construir um Motel por cima
A lagnose da lagerstrêmia
Talvez um cemitério
A oligospermia era iminente
A oligonéride queria ser piéride
Minha oligomania incomoda a metáfora
Tento ser mais criativo
Não se pode exigir muito do caos
Aquele que se incorpora igual a um incórdio
Só porque hoje estava inconvulso

Avulso do que se pensa.

                              Ednei Pereira Rodrigues

terça-feira, 21 de abril de 2020

Notícia Poética

https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2020/04/turistas-quebram-quarentena-na-india-e-sao-obrigados-a-escrever-desculpe-500-vezes.shtml


बहाना



Melhor ficar por aqui mesmo
A prudência foi tanta
Que ficou apenas PRU contra o silêncio
Tergiversar o tergo sem asas
Não ia conseguir ser redundante
Só iria conseguir bisar a brisa
Insistir no Ínsito
Teimar com as metáforas
Cismar com o que cisa
Decantações são necessárias
Faço plágio da plaga
Decalque de mim mesmo
Obrigue-os a escrever 500 poesias
Cumprirá sua incumbência sem incutir o incurso
Meação não vai adiantar
Meaçar o macaré, idem
Subterfúgios para o Submerso
Emaçar metáforas para uma nova impressão
Depois um Decametônio
O ralho sem vergalho
Admonenda adenda ao que se pensa.


                               Ednei Pereira Rodrigues

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Imolar metáforas para o silêncio


Metáfora em Cápsula

Talvez seja a cura para todos os males
Imolar metáforas para o silêncio
O imoral é imortal
A rolimã ainda serve para causar vertigem
O adejo da hoombe
Foi antes da hecatombe
Tombe antes da queda
Obtém uma competitividade estratégica
Não há mais disputa no céu
Grandes pássaros de metal
Não cortam mais nuvens
Não existe mais o perigo
De ser sugado por uma turbina
Da até para pairar sobre uma antena
Condutor metálico com vontade de ser inseto
Filiforme como o pulso
Acrídio de minha dicoria
Nem tudo precisa ser ambíguo
Nem tudo precisa causar dor.

                                             Ednei Pereira Rodrigues

***escrito após a leitura do livro Rinoceronte em Cápsula do poeta Rafael Puertas de Miranda