sábado, 6 de fevereiro de 2010

SÓLIDA SOLIDÃO:TRAVA-LÍNGUAS




Percalços

Tráfego de traços que trago
Dentro de mim tranco um traspasso
Para traduzir sem transluzir
Seus sentimentos que trajo
Sem trato
Sou um tranquilo transeunte em transe
Deixo você transparente na transversal
Fico rente ao tráfico de tráqueias
Culpa deste tracoma tramposo
Treino a solidão que treme
Dou trela para a solidão trelente
Que tresler um trenodia de minha autoria
Dou trégua para minha angústia de treso
Vejo um trenó em um tremó antigo
Sendo puxado por um trem feito de trema
Sem trelho nem trebelho
Sem trilho nem trilo
Atropela grilos gringros
Como se fosse um triunfo trivial
Atropela a ordem dos fatos
Em um trívio sem triscar
Corta a plantação de trigo de uma tribo
Por um triz não atropela meus devaneios.

Um comentário:

Beatriz Prestes disse...

Um exercício de apreciar!!
Maravilhosamente escrito!!
Aplausos
Bea