domingo, 25 de janeiro de 2009
São Paulo 455 anos
Extensa floresta de paralelepípedos
Arrasta sobejos de etnias
Para seus labirintos de vias
Às vezes perdidos
Entre arranha-céus arrogantes
Procuro você taciturno
Cansado vou de táxi inseguro
Sem dinheiro desço antes
Procuro emprego entre um acidente
Assalto no asfalto
Salto alto
Sobre uma barraca de um camelô displicente
Para fugir da bala perdida
Pólvora para poluir
O ar que respiramos sem polir
Sua paisagem vertical com vida
Desigualdade social
Ansiedade irracional
Quase um Éden que consolida.
Os incomodados que se mudem!
São Paulo
365.
Composição: Finho / Ari Baltazar
Tem dias que eu digo "não"
Inverno no meu coração
Meu mundo está em tua mão
Frio e garôa na escuridão...
Sem São Paulo
O meu dono é a solidão
Diga "sim"
Que eu digo "não"...(2x)
Tem dias que eu digo "não"
Inverno no meu coração
Meu mundo está em tua mão
Frio e garôa na escuridão...
Sem São Paulo
Oh! Oh! Oh!
O meu dono é a solidão
Diga "sim"
Que eu digo "não"...(2x)
Quem é seu dono?
Ninguém, São Paulo
Quem é seu dono?
Ninguém, São Paulo...
Tem dias que eu digo "não"
Inverno no meu coração
Meu mundo está em tua mão
Frio e garôa na escuridão...
Sem São Paulo
O meu dono é a solidão
Diga "sim"
Que eu digo "não"...(2x)
Desperta São Paulo!
Desperta São Paulo!
Beco sem saída
Alguns falavam com os bem-te-vis
Nas manhãs em que tudo fluía
O ferimento não mais doía
Mais ainda escoava sangue do chafariz
Onde mendigos se banhavam
Tomei um ar de constrangimento
À frente do convento
Bêbados brigavam
Pelo beco sem saída
Pela begônia
Pela jóia
Furtada da suicida
Quer trocar pelo meu furúnculo?
Indagava um
Com brumbrum
Sotaque fulo
Combina com a peleja que continua
Pelo bebê
Pelo bidê
Não agüentou o pontapé e recua
O outro
Tomou a criança nos braços e saiu
Outras crianças de saia
Negociavam o corpo
Outros esperavam por um pouco de carinho
Em forma de comida
Na fôrma sempre vazia
Um pouco de toicinho
Só não queria-se sentir frio
Só se queria um pouco de atenção das palavras
E das larvras
Andava-se sem destino no vazio
Virou freguês
Sentava-se também sem ele
E via-se o movimento imbele
Imbecil às vezes
Seria bom se as coisas fossem acabar um dia
E se os dias acabassem
Antes do impasse
Antes da azia
Antes que a dor fosse insuportável
Já viu que no fim
O esplim é estopim
E todos chegam ao provável
Independente da pressa
Que atravessa o intransitável
Não presta atenção ao instável
Não se confessa para a travessa
Não esqueça de ver a lua
Conversar com os selenitas
Sem-cerimônia
Com acrimônia
Ser semelhante a um semáforo que reflita
Toda dor que sente
Não se esquecendo de prestar atenção às coisas
Não deixando a vida passar como as águas fracas
Pelos seixos que consente
Errôneos desesperos ocultos
Podia ver a rua
Através da janela crua
Fui evoluindo através dos séculos
Torça pela chuva na estréia
E vá com ela rio abaixo
Eu ainda me encaixo
Até virar areia
Não ser mais nada
Ser o suficiente sem arrogância
Para não ter nenhuma importância
Caminho nesta encruzilhada
Extensa reta que subscrito
Desconheço a extensão das medidas
Vastas avenidas
Daquelas que só se encontram no infinito.
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