domingo, 21 de junho de 2009

Visão poética

Nistagmo



movimentos rápidos e involuntários do olho


Não tenho muita opção
Para a esquerda o esquife
Para a direita o dilúvio do recife
O eflúvio opaco
Está de permeio
No ártico a escara
Deve haver algum meio de escapar
Do austral com anseio
No oriente
Um orifício de origem do cais
Estreito até demais
Contraio a lente
Sinto as cores do arco-íris que não vejo
Oclusão intestinal
No ocidente incorporal
Pupilas se contraem no relampejo
Seguiu-se ao temporal
Uma queda de temperatura
Baqueio na abertura
Preito báquico sazonal
As falhas seguiram-se da falta de atenção
Atento ao hiperbóreo absorvido
Coso o ouvido
Na porta que se fecha com atença
Ouço sua voz
Sem descoser
Sua pose
A fímbria do seu vestido em nós
Descortino você ao longe sentido
As curvas do teu corpo
A uva no copo
Sua luva de cetim
A aurora boreal não e a mesma
Este labirinto causa labirintite
Antes da artrite
Antes da quaresma
Exibo uma alegria artificial
A tristeza seguiu a decepção
Quase decepo
O coração glacial
O efeito segue a causa
Sigo o cortejo
O córtex e cortesia do desejo
Que faz uma pausa.

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