sábado, 14 de fevereiro de 2009

Crítica Surrealista 1




Mudanças Fúteis

A moda molda o mocureiro
Mostra sua indiferença por mim
Sobe a mostarda ao nariz
Mostra-se esnobe o bueiro
Difícil moldar-se às circunstâncias
Mudaram quase tudo
Até o conteúdo
Dilata sua arrogância
Saudades do mofo
Do mosaico modesto
Contesto o indigesto
Insto com rogos
Até o alvanel foi alvacento
Exijo alveitar esse alvará
Antes profiro imprecações contra a apara
Alvaraz no seu assento
Lavara a larvra que altera a palavra?
Procure um alveitar parvo
Para curar o asco
Das poesias da sua lavra
Seu escritório
Deveria ser ao lado do banheiro
Suas personalidades combinam no cheiro
No sentido irrisório.

Para D.C.

DECORAÇÃO NUNCA SERÁ ARTE!

ARQUITETURA É ISSO!


Arquitetura

No mínimo é dendrófobo
Arquitetura no arquipélago
Armíssono agro
Testamento do globo
Falta ar no quintal
Arraigou-se um novo arrabalde
Arranha-céu interrompe o vale
Cessa o arranque ocasional
Da arraia na arraia confusa
A fusa da fusão de dois metais
Abstrai sais
Sacra eclusa
A arraia ignora o arraial
Écbase para a écfora
Quando o ébano na adutora
Eclodi superficial
Seu edema eu trato
Ecbólico ecoante
Como o ecoxupé distante
Do platô
Do Éden ebúrneo
De sua edícula
Sem medula
Seu ecúleo
O edredom não esconde sua edéia
A idéia da ecdise
Não funciona na marquise
Sua efélide na estréia
Edição de bolso
Oculta desoras
Aspas tortas
A éctase que ouço
O hectare édulo
Confundo uma ectlipse
Com um eclipse
Reembolso o crepúsculo.

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