sábado, 14 de fevereiro de 2009

Açoites da Noite



Noite Insípida

Nesta noite insípida
Apeteço por seu corpo etéreo
Apetite aéreo
Apesar do seu descaso que consolida
Aperto no apex
Apétalo por causa do apego
Aperitivo para meu ego
Aperolo sua nudez
O ápice é ápiro no poro
Era apiforme
Sua apícula disforme
Apieda o meteoro
Não machuca o apívoro
É apisto
Para a apirexia que invisto
Aprimoro este descoro
Ainda apióide
Aprisiono seu estímulo
Aproximo seu lóbulo
Aprofundo sem revide
Após o apólogo
Um apóstrofe é aproche
O agridoce é precoce
Sou demagogo
Mesmo áptero
Salto deste aptério
Aptidão sem critério
Quando o crível é sincero.

Algo indefinido

Em oposição à noite absoluta
Abléfaro não durmo
Arregalo os olhos para ver Saturno
Uma reação abrupta
Penumbro na penúria
A penúltima penugem
Faz criar ferrugem
Obra espúria
Corpo neutro
Umbroso através dos poros
Quando choro
Falta um nêutron
Faço germinar um trevo nas trevas
Todas as luzes convergiam para lá
Cintila o cinza na ante-sala
Subcinerício que se eleva
Parece ter alguém no sótão
Ou solto no souto
Talvez outro
Quando há solidão na canalização
Envolto na constelação
Do cassino
Não dá para ver Cassiopéia que defino
Com precisão.

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