imagem:Thom Goddard
Monólogo de uma Avalanche
Introdução: A avalanche evoluiu, agora é corretora de imóveis, colaboradora excepcional com ampla vivência profissional. Quem a observa percebe que suas tratativas não se limitam a números ou paredes; há um magnetismo que arrasta decisões para o lado que ela deseja. Testemunhou clientes, antes indecisos, cederem como encostas diante de seu avanço silencioso. Sua presença não apenas altera o rumo de uma conversa, mas também reconfigura a percepção do próprio espaço, como se cada imóvel ganhasse outra identidade sob o toque inevitável de sua ação.
Exasperei quando percebi que nada poderia conter o impulso que me arrastava, exautorei normas, descobri o controle e ele veio com naturalidade. O terreno respondia a cada gesto com uma obediência quase instintiva, enquanto vibrações antigas se dissipavam diante da minha passagem. Fragmentos antes soltos se alinharam, como se tivessem aguardado por esse instante de ordem inesperada. Cada movimento delineava trajetórias novas, revelando possibilidades que até então permaneciam invisíveis, e o mundo ao redor parecia suspender a própria respiração para testemunhar a transformação em curso.
Agora tenho uma profissão, e cada negociação se torna um deslizamento planejado, conduzindo clientes e oportunidades com precisão e velocidade. Nada resiste à minha estratégia, e cada fechamento concretiza o poder que aprendi a dominar, convertendo incertezas em caminhos claros e inevitáveis.
Espero atingir a meta de vendas este mês. Cada ligação realizada, cada visita agendada e cada proposta apresentada se tornam peças de um movimento orquestrado, capaz de transformar dúvidas em confiança e hesitações em decisões. Sigo avançando com determinação, sabendo que cada esforço acumula força suficiente para transformar objetivos em conquistas concretas.
Alguns clientes ainda têm medo de mim, hesitando diante da força e da rapidez com que conduzo cada negociação. Eles observam meus passos com cautela, tentando adivinhar meus próximos movimentos, mas logo percebem que minha intenção não é destruir, e sim revelar oportunidades que antes pareciam inalcançáveis. Com paciência calculada, mostro que cada ação tem propósito, cada proposta guarda possibilidades, e que a confiança, uma vez conquistada, transforma receio em admiração silenciosa.
Não quero decepcionar meu chefe, em um feedback feérico ele disse que eu era muito frígida, não sei se encaro isto com uma crítica ou elogio, pois suas palavras vinham envoltas em um tom enigmático, quase indecifrável. Analisei seu olhar, buscando pistas escondidas, mas encontrei apenas a serenidade de quem entrega enigmas para serem desvendados. Se ele quiser me demitir, tem uma empresa de demolição querendo me contratar, atraída pela minha habilidade de transformar obstáculos sólidos em passagens livres. Lá, talvez, minha intensidade não seja vista como frieza, mas como a força exata para derrubar o que impede o avanço, convertendo ruínas em terreno fértil para novos começos. Mas acho que isto não vai acontecer; no final da reunião ele disse que tenho feeling para vendas, e que poucas pessoas conseguem unir precisão e impacto com tanta naturalidade. Saí da sala com a sensação de carregar uma vantagem rara, como se minha trajetória tivesse sido moldada exatamente para conquistar espaços que outros sequer ousariam reivindicar. Por isso, cada detalhe recebe minha atenção completa. Cada decisão é medida, cada negociação refinada, e cada resultado avaliado com rigor. Sei que minha reputação e a confiança depositada dependem do equilíbrio entre rapidez e precisão, e nada é deixado ao acaso. Avanço com consciência, transformando responsabilidade em ação concreta, e garantindo que cada meta alcançada se torne um reflexo do empenho e da dedicação que dedico a cada desafio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário