Permaneça afastada para a sua segurança, depois que a cinestesia foi banida, a plausibilidade do platônico era algo pleno. Sei que minha aparência assusta, não tire conclusões precipitadas, mas preciso da sua iridescência para dar sentido à vida. Toda sua flutuosidade inspira o estagnado. Antes, eu dependia apenas do arco-íris, mas com toda essa estiagem, encontrar beleza tornou-se uma tarefa árdua. Toda sua limpidez purifica meus pensamentos sórdidos, e por mais que tudo seja aculeiforme, acredito que toda sua pulcritude possa fazer a diferença. Não sei de onde vem esse magnetismo pelo efêmero. Ontem mesmo, uma borboleta pousou em meu acúleo sem se importar com o perigo. Temos que valorizar cada momento, pois é a sutileza das coisas transitórias que carregam a maior beleza e significado. Acumpliciado do acuminoso na acumulação de desertos interiores.
Era para ser persuasivo na perspiração do perspícuo, vou regurgitar a metáfora. O verbo acerbo é emético, talvez emerso na êmese haja o discernimento, e a ladainha parecia interminável, o pronome envolto na traqueia, propáticas proparoxítonas quando o vinho já está se transformando em vinagre. A introdução já foi um desastre, tantos clichês, o xucro apedeutismo deixando as palavras sem significado. Talvez a própria repetição das palavras seja uma estratégia de convencimento. Quando a frase é incoctível e não serve para cibalho, talvez como condimento para o que não condiz com a verdade. Mão na boca esconde o escárnio, que se faça o silêncio para o bem da humanidade, antes dos apupos, apuridar toda incoerência incoercível.
EPR
***Ateliê de criação literária_Módulo 7_iteratura-montagem: Gustavo Piqueira - 31/08/2023
Nenhum comentário:
Postar um comentário