sábado, 23 de janeiro de 2010

São Paulo 456 anos


Cidade Oculta

Volto para casa
Envolto com a solidão
Aperto o passo desdita
Tento dispresa-la
Não paro nos resvalos
Não sento naquele banco da praça
Onde está o casal que se abraça
Não quero contagia-los
Com minha solidão fugaz
Sequita dos eremitas
Grita quando levita
Sobre mim estás
Ela sempre chega antes
Antes da antese
Cria uma antítese
Espera-me com assoantes
A beira da poeria
Dos livros da estante
A poluição constante
Na dianteira
Dentro de minha morada
Convivo com a sujeira
Resquícios da feira
Invadem depois de uma lufada
Que falta faz um lustre
Uma cachoeira
Em cada esquina açoiteira
Desço está ladeira lacustre
Quando nada preenche está lacuna
Procuro você na Luna
Quando começa este toró
Preciso de uma escuna
Que flutue na escuma
Dessa onda sem cloro
Leito em meu leito
Onde a onda
Desemboca na poltrona
Deixa-me liquefeito.

Um comentário:

Beatriz Prestes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.