terça-feira, 6 de setembro de 2022

Sufixo determinante

Fuampa

Amparado com baixa amperagem
O amplexifloro sem amplitude era mais seguro
A ampola com benzatina
A cura

Agora que tens luz própria
Constela minha costela
A constrição
A bioplastia na panturrilha para saltar mais alto

Astrígera hetaira
Era heteranto
Entretanto poderia discutir outras alternativas
A heteronomia

Iatrina medica o Satúrnio
Anéis na sânie
Busca sanificar a sanisca
Na sanita a tisana

A sanja que busca para lágrima
Entupida com a franja
Sanofórmio ao foraminoso
Força o foranto.

                                                    EPR


As queixas de um Ícaro
  
Os amantes das prostitutas
São felizes, dispostos, fartos;
Quanto a mim, fraturei os braços
Por haver abraçado nuvens.
É graças a astros sem igual,
Que nos confins do céu flamejam,
Que meus olhos depauperados
Só veem recordações de sóis.
Inutilmente eu quis do espaço
Localizar o fim e o meio;
Sob não sei que olho de fogo
Sinto minha asa que se parte;
E a queimar por amor ao belo,
Não terei a honra sublime
De dar o meu nome ao abismo
Que me servirá de jazigo.

           Charles Baudelaire



Bocejo

Não abre a bocarra no meio da rua
Algum gamela pode querer construir um túnel
Agora sei que o brilho no olhar é pechisbeque
Farol de algum veículo

Não mostre todos os dentes
Vão marfinizar arredores
Masterização do masseter
O arnês da arnela

Do erétil engendraram um obelisco
Monumento em homenagem ao fecundo
Veneram a veneta
O venéreo de tuas extremidades.

                                                         EPR

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