sábado, 20 de outubro de 2012
20 de outubro dia do poeta
Deveria começar de outra maneira
Dar ênfase ao enfarte
A quase arte
Enfeitar o enfermo com lantejoulas
Ignorar outras jaulas
Soltar o javali
Liberdade para a ansiedade
O manequim não vai sorrir mesmo
E toda essa malemolência
Não surtiram o efeito esperado
O surto
Foram várias as tentativas
E o silêncio veio me visitar
Tardou a dar o sim
Se fosse um talvez
Ia ser mais fácil esquecer.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Paulo Leminski
Inspirado por Merda e ouro
(Paulo Leminski)
Merda é veneno.
No entando, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam padres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.
esta e de minha autoria:
Escatológico
Caga que a vaga apaga
Limpa o suor do rosto
Hemorroidal sideral
Imparcial ao exposto
Impávido aviltar-se
Mais ávido
Aveludado só na avenida
Toda essa maresia
É gas metano
A chama
Alguém atrás da falesia
Não escondo a chaga
Furúnculo chulo
Tudo o que engulo
Este engulho
Esta enguia que me guia
De volta para a cidade
Para a guilhotina
Mover-se às guinadas é preciso.
(Paulo Leminski)
Merda é veneno.
No entando, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam padres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.
esta e de minha autoria:
Escatológico
Caga que a vaga apaga
Limpa o suor do rosto
Hemorroidal sideral
Imparcial ao exposto
Impávido aviltar-se
Mais ávido
Aveludado só na avenida
Toda essa maresia
É gas metano
A chama
Alguém atrás da falesia
Não escondo a chaga
Furúnculo chulo
Tudo o que engulo
Este engulho
Esta enguia que me guia
De volta para a cidade
Para a guilhotina
Mover-se às guinadas é preciso.
domingo, 12 de agosto de 2012
Jogado as traças
Assim que restrinjo meus sentimentos
Finjo o regozijo
Com um chiste
Que me feriste em riste
Como fazer um cisne que bata as asas?
Origami que origina um origma(abismo)
Menos um na estante
Onde estanco este cancro
Alcanço a alça do sutiã
Descanso sutil do til
A coluna e luna
Lembrar como lenimento
Lenha para o álgido
Reduzir-se a cinzas
Quando o opaco
Operar em meu favor
Caucho para a causa.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Os Vendavais de minha vida
Não confio nos confins
Em suas confidências
O perto é pertinente
Não bato continência para o continente
No fio que desamarra com a força do vento
Gera conflito
É quando você confirma o obscuro
Essa sua confiança
Ausência do medo
Ás vezes meio meigo
A contingência do contorno
O consumo da solidão
Importar o importuno
Imposto pós-verbal
Taxa para o tátil
Tacha para o achaque
Todo esse contorcionismo de te esquecer.
Em suas confidências
O perto é pertinente
Não bato continência para o continente
No fio que desamarra com a força do vento
Gera conflito
É quando você confirma o obscuro
Essa sua confiança
Ausência do medo
Ás vezes meio meigo
A contingência do contorno
O consumo da solidão
Importar o importuno
Imposto pós-verbal
Taxa para o tátil
Tacha para o achaque
Todo esse contorcionismo de te esquecer.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Pontada no vazio
Um decapitado entenderia
Equacionar o equador
O equilíbrio do perneta
Penetra na península
Latejava-me o coração
Mas já podem tirar a corda do pescoço
Quando não se ouvia nem um ladrido
Talvez algo em latim
A trombose com o trombone
Saxofone saxífrago
Concreção nos rins
Agonizo na lateral de meu latíbulo
Jorra látex de mim
É não sou árvore
O átrio no pátio
Alguns neurônios sobre a mesa
Pensam em você
Pragmática que praqueja a praia
Prática sem tática
Tudo suscétivel de ser tateado
Sem sucesso
O sucessor do suco
O corpo no copo.
Equacionar o equador
O equilíbrio do perneta
Penetra na península
Latejava-me o coração
Mas já podem tirar a corda do pescoço
Quando não se ouvia nem um ladrido
Talvez algo em latim
A trombose com o trombone
Saxofone saxífrago
Concreção nos rins
Agonizo na lateral de meu latíbulo
Jorra látex de mim
É não sou árvore
O átrio no pátio
Alguns neurônios sobre a mesa
Pensam em você
Pragmática que praqueja a praia
Prática sem tática
Tudo suscétivel de ser tateado
Sem sucesso
O sucessor do suco
O corpo no copo.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Dia da Poesia
No dia da poesia escrevi uma poesia.
Detritos Cósmicos
Angústia como agulha no palheiro
Palestesia só na Palestina
Sismógrafo não detectou a queda do siso
Sincero até sincronizar meu tédio
Como teia
Um decreto-lei que consinta seu decote
A queima do queixo
Não questiono o quimera
Não detenho o detergente
Goela abaixo
Bolha que não estoura
Que não disfarça o bolor
Tanta gente vazia
Tudo se deteriora
Detritos eruditos
Faltou um meteorito
Esse declive que decola.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Insônia
Travesso travesseiro
O travessão anúncia o silêncio
O anum anulante
Enquanto o colóquio está no colo
Descansa sem descambar
A voz na foz
Aguar a aguardada pretensão
Absorver a noite
Sugando estrelas
Já que não tenho o brilho de seus olhos
Algo tem que te substituir
Parecido a está parede
Rede para remir
Remar montado na ema
Para toda essa emanação
Não ser ignorada.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
A árvore engaiolada
Delírios de um delito
Egoísmo cria égide
A ausência do adejo
Não paiara
Atingiu o limite
Alado aladroado
Olha a folha que cai
E não e nem outono
Não encolha o que acolha
O fruto não frusta
A carcérula provoca cólica
Castigo castiço
A polpa na popa
Singra na ingratidão
Granjeia minha mente infértil
A falta de inspiração não é desculpa
Instiga o instante
Quando o tédio e teimoso
Igual teia
Mais um aranzel ignorado
Quanto mais fujo do assunto,mas necessidade tenho de tentar explicar o que sinto.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
São Paulo 458 anos
poesia escrita para A Capela dos enforcados
Degola
Bonita sua gravata de corda
Não tem graça
Nem garça
Só pombas
Vai graxa ai doutor?
A solidão grassa na cidade
Por onde passaram as gárgulas
O gari garimpa seu sustento
E o suspenso?
Desafia a lei da gravidade
Fechado para balanço
O boteco da esquina alagou
Tivemos que sair de bote
Antes do show de bossa nova
A bostela da botelha já se cicatrizou
Faltam sonhos para uma noite tranquila
Então fui na padaria comprar alguns.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Distância
Só sei que digitei:distância
Essa que dilacera o diafragma
Não há dialogo
É o silêncio é discutível
Afônico
Olhos loquazes
Quase palavra
Imagem Oral
Na orla do visual
Um croqui
Nada crônico
Mais para crocidismo
Mesmo efeito da aurora boreal
Mesmo defeito irreal
Nada pessoal
Péssimo de Pessoa
Não irradia
Irônico irmão da iris
Deixa-me disperso
Produz displicência
Personificação diagonal
Sem prespectiva
Ontem já e quase meio século
E ela não elucida sobre o que aconteceu
Ilude a diplomacia com a solidão
Se eu pudesse distinguir
Aquela que diverte a dívida
Se tivesse um dispositivo para desligá-la
Seria mais mecânica
O metal enferruja
Não iria corroer a alma
Não iria substituir a metáfora.
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